Esqueça o problema e pense na solução!

Tempo de leitura: 6 minutos

Se você estiver se sentindo num beco sem saída, numa sinuca de bico, você acabou por se permitir ficar enrolado no problema, sem iniciativas para buscar soluções. Na verdade, todo problema é uma situação ou um assunto que deve ser solucionado. Assim, para ser um problema real, tem que ter solução!

Já dizia a sabedoria popular, “Se não há remédio, remediado está”. Se um problema realmente não tem solução, não é um problema, é um fato que deve ser vivenciado. Imagine alguém que morava numa região que sofreu um terremoto. Quanto ao fato do terremoto ter acontecido, não há o que mudar. Fazer o terremoto não ter existido é impossível… agora, lhe dar com os estragos feitos pelo terremoto, aí sim, tem muito o que fazer, tem muitas soluções para os problemas gerados pelo movimento telúrico.

Assim, se você estiver achando que não há solução para seu problema, das duas uma: ou o problema está sendo percebido de uma forma equivocada ou você está preocupado e até mesmo tão obcecado com o problema que não consegue ver além dele. Para as duas situações, o recomendado é dar um passo atrás e se distanciar do problema, olhar por outro ângulo, mudando a forma que você está acostumado a ver as coisas.

Um caso real que aconteceu comigo.

Contei num vídeo, que falo sobre problemas de difícil solução, um grande problema que vivi quando tinha 21 anos e me encontrei frente a um desafio de difícil solução. Estava implantando uma agência bancária, de um banco recém adquirido pela instituição financeira que trabalhava. Tudo tinha que estar pronto até as 18:00 horas e já estava no meio da tarde e ainda não tinha conseguido resolver um problema de transmissão de dados. Na época não existia no Brasil os canais de internet hoje existentes. Estava começando a me desestabilizar, pois não conseguia fazer a comunicação via modem, na agência. Não tinha solução, pois as linhas telefônicas não aceitavam a conexão e para implantar uma nova linha demoraria dias. Foi quando recebi um ligação de meu chefe que simplesmente me deu uma ordem: “Fábio, vá para a praça mais perto que tiver da agência, compre uma revista, e comece a ler, sentado tranquilamente no banco da pracinha. Deixe que os funcionários da agência vejam você fazendo isso! Leia mesmo, ouviu? Depois volte para a agência e continue o trabalho.”

Fiz desta forma e por incrível que pareça, quando lá estava, fiquei sabendo que na cidade, Ribeirão Preto, tinha uma empresa que processava informações bancárias para terceiros. BINGO!!! Era isso que iria fazer… contrataria essa empresa para transmitir para meu banco o processamento, que iria levar até eles em disquete (mecanismo usado para gravar informações digitais). A solução foi encontrada, e o que eu fiz foi me distanciar do problema, o que me permitiu ver alternativas que até então não havia pensado.

Este é o caminho que você deve adotar quando estiver frente a um problema de difícil solução: se distancie por um tempo do problema, se conecte nos resultados esperados e assim os caminhos ficam mais livres para seu cérebro atuar em busca de alternativas.

maxresdefault

O enigma da conta da lanchonete “quase” sem solução:

Um enigma clássico sobre como podemos nos perder no problema, pensando equivocadamente, sempre no problema e esquecendo a solução, foi apresentado por Malba Tahan, o autor de “O homem que calculava” e de outras 115 obras, na verdade não passa de uma “pegadinha” ou uma indução ao erro por partir de uma premissa falsa.
“Trata-se da história de 3 amigos pagando uma conta de bar: a conta totalizou R$ 25,00, cada um pagou R$ 10,00 e combinaram dar ao garçon gorjeta de R$ 2,00. Feito isso, o garçon embolsou sua parte e devolveu R$ 1,00 a cada um dos clientes.
Nesse ponto surge a falsa questão: se cada um dos clientes recebeu R$ 1,00 de volta, então os 3 pagaram R$ 27,00 (3 x 9,00) que, somados aos R$ 2,00 que ficaram com o garçon, totalizaria R$ 29,00. Onde estaria, então, o R$ 1,00 para completar os R$ 30,00? Sumiu?
Vamos ao raciocínio correto, de duas formas:
a) Os R$ 30,00 foram assim divididos: R$ 25,00 para a conta, R$ 2,00 para o garçon e R$ 3,00 para os clientes (o troco), sem sobrar nem faltar nenhum R$ 1,00.
b) Os R$ 27,00 foram assim divididos: R$ 25,00 para a conta e R$ 2,00 para o garçon, ou seja, e obviamente, a gorjeta do garçon é parte dos R$ 27,00, não fazendo sentido ser somada ao total.
Como pode ser visto, em ambas as análises as contas fecham. A tentativa de somar os R$ 2,00 aos R$ 27,00 e querer chegar aos R$ 30,00 é a “pegadinha”, um erro ao termos uma visão equivocada do problema.”

Transcrevo aqui um bom roteiro a ser adotado, existente no blog “A mente é maravilhosa”:

Para encontrar a melhor solução é necessário potencializar a criatividade e estar aberto e receptivo a novas visões da situação, e portanto, novas possibilidades e novos horizontes para buscar a melhor solução possível.

ancient-1793421_960_720

Como se distanciar dos problemas?

Para estabelecer uma distância é preciso abrir a mente, relativizar o problema. Sabemos que ele tem solução, por isso devemos manter a calma e o equilíbrio emocional.

Diferentes formas de se distanciar

1. Usar a visualização, imaginando o problema que o preocupa na sua frente, e não em cima. Desta forma, você já não sentirá tanto peso ou pressão do mesmo, e sim apenas a responsabilidade de solucioná-lo, junto com a certeza de que existe uma solução, e por isso, você se imagina vendo-o de outra forma e procurando soluções criativas.

2. Por outro lado, escrever de forma automática, deixar as ideias fluírem, sem pensar, imaginando possíveis soluções, pode ajudar a encontrar sinais de um novo caminho. Depois de escrever, você pode lê-las novamente e pensar nessas opções, relacionando-as entre si, avaliando-as e refletindo caso elas ou o resultado da sua combinação, sejam a melhor solução para o problema.

3. Para potencializar a criatividade é muito bom se informar, ler ou ouvir conselhos e experiências de outras pessoas que passaram por uma situação parecida a sua, e tirar delas uma orientação para continuar na sua própria busca.

4. Viajar, sair da rotina, criar uma distância física. Às vezes, a distância física ajuda a se distanciar emocionalmente do problema. Sair da rotina pode funcionar quando precisamos impor uma distância psicológica ao problema, já que se não for essa a sua atitude, apesar dos quilômetros, você levará o levará consigo.

Faça um bom proveito destas dicas e não fique paralisado. As situações difíceis sempre existirão, mas armado de um conhecimento transformador, as coisas ficam mais fáceis!

Se você gostou deste artigo, por favor, compartilhe-o com seus amigos. Desse modo, todos sairemos ganhando.

Sucesso para você e para todos os seus entes queridos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *